quinta-feira, 9 de julho de 2015

Paisagens agrestes #2 (Julho 2015)

No seguimento das "Paisagens Agrestes #1", este segundo desenho realizado agora a caneta de ponte fina e grossa, constituiu também mais uma "experiência" de traço, baseadas também no quarto e último livro da obra de BD, intitulada de O Terceiro Testamento. dos autores X. Dorison e A. Alice, mais concretamente o livro IV - João, o Dia do Corvo).
Aqui a ideia foi usar apenas caneta de ponta fina e grossa para captar alguma monumentalidade dos picos gelados de uma montanha com a ajuda da figura humana.
Embora não tenha resultado bem, serviu para descontrair e quebrou com a minha longa "preguiça" que me levou a deixar o desenho de parte por uns tempos. 




Paisagens agrestes #1 (Julho 2015)

Após uma longa pausa, eis mais uma "experiência" realizada agora a lápis, mais concretamente três de diferentes dureza (Steadtler  Wopex HB, 2B e 2H).
Uma vez mais, inspirado em Banda Desenhada, neste caso concreto num conjunto de quatro livros pertencente a uma obra de BD, intitulada de O Terceiro Testamento. dos autores X. Dorison e A. Alice.
Os livros são assim quatro, tal como os quatro evangelistas bíblicos, seguindo a sua ordem lógica: I - Marcos, O despertar do Leão; II - Mateus, A Face do Anjo; III - Lucas, O Sopro do Touro, IV - João, o Dia do Corvo).
Estas duas paisagens são, portanto inspiradas no último livro referido, onde toda a acção culmina após uma longa e envolvente história, preenchida com alguma história bíblica ou acerca das cruzadas, com referências aos evangelhos e aos seus autores, às perseguições da Inquisição, aos cavaleiros templários, a revelações inesperadas de alguns evangelhos apócrifos e a muito mais.  
Mas regressando ao assunto que me leva aqui, estes dois desenhos são apenas duas experiências relativamente bem sucedidas, após uma longa pausa no desenho a lápis, coisa que há muito tempo já não fazia por diversas razões.
Respeitando desde sempre os direitos de autor, tive sempre presente a preocupação de não reproduzir na íntegra nenhuma das imagens ou desenhos que estão patentes nestes quatro livros (muito antes pelo contrário). 
No entanto cativado pelas paisagem agrestes e as cores plasmadas nelas, partir do principio em fazer uma variante com três lápis de diferente dureza de ponta, macia ou dura. 
A ideia principal deste desenho é tentar usar apenas os contornos escuros das rochas e os vazios brancos da neve e do céu para mostrar um pouco a monumentalidade da natureza.
Procurei tanto o desenho de cima como no de baixo, dar alguma distância e volume, embora não o tenha conseguido, pois o contraste de cinzentos não resultou e a ideia da grandiosidade destes dois espaços não foi totalmente conseguida. Quem conseguir tentar ver no desenho de baixo, junto ao grande rochedo, verá que está presente uma figura humana que escala a pé a inclinada vertente nevada, o que já demonstra a noção da escala monumental da natureza face ao homem.
Uma vez que a cor está ausente destes desenhos e o contraste entre o escuro das rochas e o branco da neve determina em grande parte o resultado final do desenho, este tipo de trabalho era de certa maneira um desafio.
Seja como for, a experiência em si foi positiva e quebrou uma pausa longa no desenho a lápis.