terça-feira, 2 de setembro de 2014


Barco na praia (Agosto 2014)

Baseada num outro postal, esta aguarela foi uma mera "experiência" que tinha como objectivo perceber de uma vez por todas os erros que persistia em cometer trabalho atrás trabalho. 
O único elemento que foi (parcialmente) reproduzido foi o barco no meio da praia. O resto da composição foi improvisada. 
As ervas foram aletóriamente pintadas tal como as nuvens, mar ficou um pouco estranho, o céu um pouco carregado de mais. 
Confesso que no final, não ficou tal como eu esperava mas pelo menos foi mais uma "experiência" que serviu para melhorar um pouco mais (dentro do possível).  

sexta-feira, 29 de agosto de 2014


Montanha solitária (Agosto 2014)

Num dos meus raros desenhos recentes que fiz nos últimos tempos, este é talvez um dos que tenham resultado ligeiramente satisfatório.
Inicialmente, inspirado no mundo de J. R. R. Tolkien, mais concretamente em Mordor, no Monte do Destino, onde o poderoso e terrível Sauron, senhor das trevas tinha forjados o anel nº 1 e os restantes anéis mágicos; rodeado pelas vastas e inóspitas planícies em seu redor.
À medida que fui "riscando", afastei-me propositadamente do original para dar um arranjo ligeiramente diferente e a certa altura fui tentado a pintar a aguarela, mas houve algo que me disse que talvez fosse melhor ficar tal como tinha ficado.
Este desenho serviu para "desenferrujar" um pouco mão que já há um certo tempo não desenhava. Na minha escala de avaliação, este trabalho ficou ligeiramente satisfatório.    

Machu Picchu (Julho 2014)

Este "trabalho", foi inspirado em algumas das fotografias de Machu Picchu, a mítica cidade perdida inca dos Andes, (re)descoberta a 24 de Julho de 1911, pelo então professor assistente de História latino-Americana na Universidade de Yale, Hiram Bingham e mais dois colaboradores.
Tal como noutras aguarelas anteriormente feitas, a composição em si não resultou tal como as cores pretendidas, em parte por ter pintado com aguarela após ter definido as linhas gerais, facto que fez com que no final tudo ficasse um pouco mais "escuro" do que pretendia.
Para quem quiser comparar as fotografias originais de onde me inspirei, pode vê-las na edição especial da National Geographic Magazine, dedicada exclusivamente a Machu Picchu (1911-2011).
Posso dizer que esta aguarela é daquelas que constitui mais uma das "experiências" que resultaram mal mas que no entanto contribuíram para aprender alguma coisa com os erros cometidos.  

quinta-feira, 28 de agosto de 2014


Viquinges (Agosto 2014)

Este "trabalho" é mais um, nos quais a história é a temática abordada. Desta vez, recuei até aos tempos dos viquingues, esses temíveis guerreiros e marinheiros que colocaram durante muito tempo a Europa e parte do Mediterrâneo a "ferro e fogo" com as suas inúmeras incursões por terra a dentro, pilhando, destruindo e matando tudo o que surgia pela frente.
Na composição deste "trabalho" tentei definir em poucas linhas alguns dos vestígios mais significativos deste povo escandinavo. Assim, no canto interior esquerdo reproduzi em traços toscos, parte de um detalhe de uma gravação em madeira numa porta da igreja de Hylestad, na Noruega, onde Sigurd mata o dragão Falnir.
Por cima desta (no canto superior esquerdo), está representada uma laje em pedra de um túmulo do século XI, encontrada ao lado da igreja de São Paulo em Londres, em 1852.
Ao lado desta laje (no centro em cima), uma outra laje em pedra foi reproduzida.
Na extremidade direita, fiz um pequeno esboço da reconstituição de uma espada viquingue, tal como na outra extremidade, um pouco mais escondida, está uma ponta de uma lança. Por fim, debaixo da laje da direita, ainda houve espaço para um amuleto comum entre os viquinques que usavam como talismã, mais concretamente um pequeno martelo de Thor.
Mais uma vez, a nível de composição falhou tal como as cores e o resultado final. Mais um para a lista dos "trabalhos" falhados.    


Antigo Egipto (Agosto 2014)

Numa outra "experiência", voltei a abordar novamente a temática da história das civilizações, nomeadamente a do Egipto dos faraós.
Desta vez procurei inspirar-me em alguns elementos diversificados: algumas das armas usadas pelos exércitos egípcios da época(uma espada Jepesh e um punhal)  (em cima, à esquerda), uma imagem da pirâmide de degraus de Djoser, em Saqqara (no topo à direita), algumas gravações em hieróglifos (em cima ao meio e em baixo à direita) um extracto de um pergaminho antigo egípcio onde se representava a localização de uma das minas de ouro e prata dos faraós situadas na Núbia (em cima, ao meio), uma estatueta pertencente a um espólio de um túmulo real egípcio (em baixo, ao meio) e uma vista do oásis de Dakhla no Egipto (em baixo à esquerda).
O objectivo desta "experiência" era apenas de trabalhar as cores e a composição mas tal como outras aguarelas, não saiu como eu queria.
Seja como for, valeu a pena, nem que seja para aprender alguns dos significados dos hieróglifos, graças a um artigo interessante que li, onde explicava em termos gerais o que significavam.
Posso garantir que apesar de estes serem um pouco ilegíveis devido à sua escala muito reduzida" ou simplicidade na reprodução, tive sempre a preocupação de os os desenhar o mais fielmente possível.
Num balanço geral diria que esta "experiência" junta-se a outras que me desiludiram muito mas que por outro lado permitiram-me aprender com uma série de erros.    
      

quarta-feira, 27 de agosto de 2014


Dunas (Agosto 2014)

No seguimento das minhas "experiências", usei outros temas para tentar aplicar o pouco que sei de aguarela mas sobretudo para melhorar a técnica.
Desta vez, procurei transmitir os jogos de tonalidades diferentes dos mais diversos tipos de dunas, em mais alguns postais que comprei em tempos. 
No meio do processo criativo, aproveitei para aprender um pouco acerca da dinâmica da criação e do movimento das dunas. Por exemplo, podemos aperceber que as dunas, tal e qual como uma pessoa, nunca são totalmente iguais, mesmo que tenham a orientação, que os ventos dominantes soprem de um lado ou de outro, ou a sua localização as torne muito "iguais" aos nossos olhos. 
As dunas podem assumir as mais diversificadas configurações, atingir grandes alturas, e além disso estão constante em movimento, graças aos poderosos ventos do deserto. Algumas até podem adquirir uma certa beleza que só a própria natureza é capaz de dar.
Enfim, voltando ao tema da aguarela em si mesmo, procurei trabalhar as diferentes tonalidades de cada uma destas dunas, com mais ou menos sombra, mais ou menos exposta. Confesso que fiquei bastante desiludido com esta "experiência", embora um ou outro pormenor não tenham ficado assim tal mal. Se pelo menos não tivesse usado a caneta para definir os contornos dos "postais", talvez se aproveitasse algo desta "experiência" falhada. 
     

Postais de natureza (Agosto 2014)

Este exemplo aqui patente, é mais uma das minhas recentes tentativas para aprender a pintar aguarela.
Desta vez tentei simplificar o mais que possível, tal como usar cores mais apelativas e quentes, em composições inspiradas em mais postais que fui guardando ou comprando ao longo do tempo.
O tema em si é relativamente trabalhoso mas não oferece muita dificuldade, pois em parte resume-se a algumas zonas de cores mais vivas e outras nem por isso e além disso distribuem-se de modo mais ou menos uniforme.
Para experiência não ficou tão mal assim mas...mas podia ficar melhor, claro! Muitas vezes a "pressa" acaba por estragar um trabalho inicial, o que este caso confirma a velha máxima que a pressa é a pior inimiga da perfeição. No fundo quando comecei a definir as folhagens,o que poderia ter-se tornado em algo equilibrado, acabou por ficar um tanto ou quanto "psicadélico". 
Ah, como sempre, usei uma caneta de ponta fina preta, para definir os contornos dos "postais", acto que logo me arrependi por ter "assassinado" de vez e irremediavelmente esta "aprendizagem". 
  

terça-feira, 26 de agosto de 2014


Caligrafia chinesa (Julho 2014)

Numa das muitas minhas "viagens" pelo Oriente e pela história, fui levado pela curiosidade de ver como resultava em aguarela a representação de elementos mais pequenos e detalhados, neste caso os caracteres chineses (o que neste caso pode-se aplicar bem a expressão paciência de chinês).
Desta vez procurei a minha inspiração nos muitos postais (a imagem da esquerda, e de baixo, ao centro) que guardei tal como num artigo das viagens de Marco Polo à China do Grande Khan (a página impressa a azul e vermelho), ou ainda em representações de gravuras antigas chinesas (a imagem da direita).
O tema acaba sempre por abordar sempre a caligrafia chinesa, ou em caracteres ou em gravuras, ou mesmo nos pincéis chineses (que não se percebem lá muito bem).
Enfim, mais uma "experiência" para juntar às outras.  
  

Pirâmides do Egipto dos faraós (Agosto 2014)

Esta aguarela, a última feita até à data. foi inspirada em três fotografias de revistas da especialidade, isto é, de história, e neste caso do Antigo Egipto dos faraós.
Infelizmente não consegui dar a expressão que queria à "imagem" da esquerda, que não dá bem a noção do espaço, perspectiva e distância.
Era suposto mostrar a visão magnífica e única da pirâmide de Kefrén, de quem estivesse situado perto do topo de outra das pirâmides (a de Mikerino ou a de Keops), sentado num dos milhares e pesados blocos de pedra que a compõe. 
Seja como for, o que tentava usar um pouco a cor sem recorrer a um único traço de caneta, de modo a não "assassinar" mais uma aguarela. 
Na imagem do canto inferior direito, a pirâmide representada (a de Kéfren), em tons avermelhados, satisfez-me um pouco pois deu-lhe de certo modo uma pequena áurea de misticismo que a acompanhou desde sempre.
A imagem do canto superior direito, neste caso da pirâmide escalonada de Uni, dos tempos do faraó Djoser, em Saqqara. Esta pirâmide nunca foi concluída, desde a sua construção original devido a diversos problemas construtivos. Como não a representei toda, torna-se difícil ou mesmo impossível de perceber de que se trata de uma pirâmide e assim mais uma vez "espalhei-me" ao comprido ao tentar fazer algo que não resultou como queria.
Por fim, a meio do topo da aguarela, representei o Baixo Nilo, na época dos faraós, inspirado num mapa das viagens do explorador italiano do século XIX, Giovanni Belzoni, o qual foi um dos pioneiros da egiptologia e explorou parte do Egipto, descobriu os templos de Ramsés II em Abu Simbel, passou por Luxor, Karnak, Gizeh, e outros locais.
Numa breve avaliação pessoal desta aguarela, confesso que fiquei bastante desiludido com o resultado embora tenha retirado mais algumas lições desta "experiência".  

segunda-feira, 25 de agosto de 2014


Arrozais em socalco de Java (Julho 2014)

Numa outra "borrada", procurei fazer novas experiências, além de tentar melhorar um pouco mais.
Desta vez abordando o tema da paisagem, inspirei-me numa fotografia de uma das revistas da National Geographic Magazine, mais concretamente num artigo interessante acerca da Indonésia, onde encontrei uma fotografia de uns arrozais em socalco, na ilha de Java, onde se viam algumas pessoas a trabalhar.
O que me cativava logo nessa fotografia era sem dúvida a cor e a luz do final do dia, sob um céu escuro, mas foi também a sua composição e perspectiva que me levaram a tentar pintá-la.
Assim, baseando-me apenas em alguns traços gerais da fotografia, dei-lhe um toque diferente em algumas partes, sobretudo as mais afastadas da encosta oposta ao arrozal.
As cores com que  deveriam ficar os trajes dos trabalhadores ficaram ligeiramente diferentes, esbatidos e um pouco escurecidos (novamente por causa do traço da caneta), o "espelho de água" dos arrozais não deveria ter ficado tão acinzentado (embora não tenha ficado assim tão mal), a tonalidade dos verdes de toda a vegetação à volta deveria ser ligeiramente mais vivo.
Em todo o caso, como "experiência" e "aprendizagem", não o possoconsiderar como um "fracasso total".      

Imagens e gravuras do Japão (Julho 2014)

Retomando a aguarela, em mais uma tentativa de aprender um pouco mais acerca, usei uma vez mais o tema do Japão e da natureza.
Inspirei-me em algumas gravuras japonesas do livro Samurai Leaders - From the Tenth to the Nineteenth Century, de Michael Sharpe, umas fotografias de paisagens de parques naturais situados no Japão, e um poema japonês de Manyoshu, do País das Oito Ilhas, patente nas primeiras páginas do livro pertencente a A Saga dos Otori (Livro I) - A Tribo dos Mágicos, de Lian Hearn.
Para que não haja mal-entendidos, nunca tive a intenção de copiar literalmente o que lá estava, mas apenas tentei aprender um pouco mais a pintar a aguarela.
Aceito perfeitamente as críticas de que me diz que não devia usar caneta por cima da aguarela, pois isso "estraga" tudo, mas acabei por o fazer porque havia algumas das coisas que requereram a minha fiel Pilot G-Tec C4, preta de ponta fina (0.4), por exemplo para o escrever os caracteres japoneses e definir as poucas linhas patentes na aguarela.
Confesso que foi um erro, pois "ficou mal", mas pelo menos sei que não o devo fazer.
Enfim, praticar e errar para poder aprender, é a moral da história.         



Jardim Kenrokuen, Ishikava, Japão (Julho 2014)

Retomando a aguarela, baseei-me no tema da natureza, mais concretamente em jardins.
O que aqui se vê foi inspirado num dos postais que em tempos comprei, neste caso, do jardim Kenrokuen, em Ishikava, no Japão.
Levado a tentar reproduzir as cores do dito postal, comecei por desenhar com a minha velha e fiel caneta Pilot G-Tec-C4, de ponta fina (0.4), preta os traços gerais para depois dar alguma cor com aguarela.
Pois confesso que não foi boa ideia pois o papel, apesar de ser bom, não impedia que as cores ficassem mais escuras do que pretendia, graças à tinta da caneta, para voltar a "borrar a pintura".
No geral não ficou tão mal como temia mas...acabou por ser mais uma das tentativas ou aprendizagens. Com isto tudo aprendi algo mais! Se quisermos usar a caneta, mesmo que seja de uma ponta fina e discreta, só o poderemos fazê-lo apenas no fim, de modo a poder preservar a toda cor que queremos e a evitar as inevitáveis "borradas".
      

quinta-feira, 10 de julho de 2014























Japão dos Samurais (Julho 2014)

Após uma longa paragem de desenho e aguarela, depois de ter sido incentivado por muitas pessoas, voltei a pegar nas canetas, lápis, pincéis e tintas que tinham ficado esquecidos no meio da minha caótica mesa de trabalho.
Aqui está mais uma experiência minha, em aguarela e caneta de ponta fina Pilot G-Tec C4 de cor preta, feito em papel de aguarela formato A5.
Para fazer esta pequena aguarela ,baseei-me num mapa do Japão feudal dos séculos XI e XII, algumas fotografias, uma  gravura de um samurai, uma "katana" e uma máscara de samurai e outras gravuras.
O resultado não foi lá grande coisa mas pelo menos deu para retomar a aguarela e o desenho. Podia ficar melhor mas paciência. Para isso é que serve a prática, para aprender e melhorar, com o tempo isto vai se Deus quiser.
Pelo menos serra para relembrar erros a serem evitados e corrigidos futuramente.