sexta-feira, 30 de novembro de 2012


Caligrafia chinesa (2004)


Baseado em mais um dos postais da Images2, este desenho ilustra bem a "paranóia" que eu tinha por este tipo de detalhes.
Não sei o que significa cada um dos caracteres aqui desenhados, mas que me esforcei em reproduzir correctamente no papel. Lá isso eu bem sei. 
Prometo solenemente que para uma próxima vida (se a tiver), irei tentar aprender a ler ou a falar mandarim.
Mais uma vez, embutido de uma preseverança e paciência de chinês, dediquei-me a outra "empreitada" que acabou no resultado aqui visto.
Bastou-me ter uma folha de papel formato A5, a habitual caneta fina preta Pilot, o postal e uma grande dose de paciência. O resto é história!

Sexta-Feira, 30 de Novembro de 2012.   

Jarra com pincéis (2004)


Não sei explicar a minha obcessão pelo detalhe e pelo pormenor, mas de uma forma ou outra acabo sempre por incorrer sempre na mesma "paranóia": esboços ou desenhos levados ao "pintelho".
Peço imensa desculpa para quem ficou ofendido pela expressão, mas é mesmo assim que defino este tipo de  situação. É algo de irracional ou inconsciente que existe em mim e não há nada a fazer!
Este desenho de 2004, foi baseado em dois dos muitos postais que comprei porque por e simplesmente me atraíam e eu gostava. Como gostava, comprava! Ponto final! Já aí dá para ver a "pancada" que tinha, ou melhor, o dinheiro que gastava em postais.
O copo (ou jarra) com os pincéis chineses e o rolo com os caracteres escritos fazem parte do postal mas o poema é japonês, que está noutro postal também da mesma colecção. Para quem estiver interessado, os postais fazem parte de uma edição da Images2.
Não sei o que é que o poema diz mas gostava um dia de saber, aliás se existe um desafio para mim um deles seria sem dúvida aprender japonês (estou a falar a sério).
Regressando ao que interessa, o desenho foi também feito com uma das inúmeras canetas finas pretas da Pilot G-Tec C-4, e apesar de tudo não ficou tão mal assim.
Bem vistas as coisas ainda existe algum equilíbrio na composição e não ficou denso demais.
Um dos segredos para que um esboço ou desenho não acabem irremediavelmente arruinados ou "borrados", será sem dúvida ter alguma contenção e saber parar na altura certa.

Sexta-Feira, 30 de Novembro de 2012.      

Mapa e Anotações (2004)


Um pouco dentro da temática das composições improvisadas ou imaginadas, este desenho é uma das primeiras composições um pouco estranhas, voltada para o tema das viagens e dos mapas.
Tendo como base de trabalho apenas um mapa do estado do Alaska, uma revista antiga da National Geographic (edição americana), um mapa temático do Canadá (também da National Geographic) e pouco mais, improvisei uma composição onde combinava estes elementos todos para obter este resultado final.
Em que pensava eu? Não sei! Talvez numas férias que nunca virei a fazer na minha vida!
Uma coisa é certa, não ficou tão pesado e denso como muitos outros desenhos feitos nesta altura (2004), e vendo bem, embora ficasse um pouco "tosco", não me desagradou como outros posteriormente desenhados.

Sexta-Feira, 30 de Novembro de 2012 

Interior Chinês (2004)



Recuando um ano no tempo, deparo-me com alguns desenhos que me fazem pensar e questionar se realmente tinha a minha sanidade mental toda ou se me faltava algum "parafuso". 
Francamente não o sei responder a essa pergunta, mas posso também afirmar com toda a determinação que não voltarei a fazer "peças" destas, nem que encostem uma pistola à cabeça.
Digo isto porque para quem observe este desenho, é necessário uma daquelas doses valentes de persistência e vontade de ir em frente para fazer algo. Esta "peça" é sem dúvida um bom exemplo disso.
Com toda a justiça, pode-se aplicar a velha máxima a este desenho: É necessário a paciência de chinês para fazer algo deste calibre.
Para quem atentar bem nos detalhes vai ver que não só leva praticamente uma eternidade a fazer isto, tal como a tinta de uma canetas não será o suficiente, mesmo para uma folha de papel do formato A5.
Já que se fala de canetas, devo avisar que este desenho gastou praticamente a tinta de uma caneta fina de cor preta e uma de cor sépia, além de me ter deixado o pulso um pouco dorido ao trabalhar as diversas tramas.
Não me alongando mais, fica apenas a conclusão relativa a este desenho: levou-me imenso tempo a fazê-lo, sem ter  minimamente a noção disso ao início, gastei pelo menos duas Pilot's G-Tec C-4 (uma de cor sépia e outra de cor preta) e durante alguns dias após a conclusão abstive-me de desenhar para descansar um pouco a cabeça.

Sexta-Feira, 30 de Novembro de 2012


  

Mosteiro (2005)



Dentro da mesma linha de desenhos que na época (2005) fazia, aqui está mais um exemplo de composição com motivos históricos, neste caso relativos a um ambiente mais monástico.
Observando melhor agora, existe um dos elementos que compõem o desenho que não "joga" com o resto do "baralho", mais concretamente a espada, que nada tem a ver com um mosteiro ou a vida religiosa monástica da Idade Média.
Mais uma vez o excesso de detalhe fez com que se perdesse um pouco a "leitura" do conjunto, e até o próprio desenho está um pouco torto, pois basta ver a parede com os dois arcos ao fundo para perceber logo isso.
Pessoalmente este desenho pertence a um lote de experiências que permitiu aprender um pouco mais.

Sexta-Feira. 30 de Novembro de 2012    

Motivos medievais (2005)



Como testemunho da minha paixão pela história em geral, seja acerca da Grécia ou Roma Clássica, seja da Idade Média, seja de outro período da história da humanidade, eis mais uma experiência minha onde utilizei motivos datados da Idade Média.
Numa composição onde associei livros, uma iluminura, uma adaga, uma cruz, uma concha dos peregrinos de Santiago de Compostela, e duas moedas da Liga Hanseática, tudo retirado de livros de história, tentei criar uma outra composição, que acabou por não ser muito feliz.
Por vezes a intenção de ser muito minucioso acaba por "matar" o trabalho, e penso que foi isso mesmo que sucedeu neste caso. Muito provavelmente não seria necessário dar muito detalhe (por exemplo, à gravura na página do livro aberto).
As sombras em si não ficaram tão mal mas sem nos esforçarmos muito acabamos por descobrir facilmente algo errado ou estranho na composição global deste desenho a caneta preta fina.
Mais uma "borrada" para aprender!

Sexta-Feira, 30 de Novembro de 2012 



Santo Graal (2005)



As minhas fontes de inspiração nem sempre se resumem apenas a postais, a fotografias, a capas de livros ou de note-books, a marcadores de livros ou pura e simplesmente à minha imaginação.
Em muitos dos casos, recorro ao que vou vendo e lendo em inúmeros livros que leio ao longo do tempo e este desenho é sem dúvida um exemplo claro disso.
Este desenho foi feito também nos "idos de 2005", aquando acabava um livro de Bernard Cornwell chamado "Harlequin", pertencente à triologia "A Demanda da Relíquia", da Planeta Editora, na qual retoma a história no "O Vagabundo" e termina com o "Graal". 
O dito romance histórico decorre durante a Guerra dos Cem Anos travada entre a França e a Inglaterra, num contexto e num ambiente medieval.
Deste modo, aproveitei muitos dos elementos existentes no desenrolar da acção: um "long-bow" inglês, várias setas, um punhal, parte da lâmina de uma espada, uma pequena gravura, um pequeno mapa da região da Normandia, uma cruz, uma corda, um livro e um cálice (supostamente o tão procurado Graal).
A composição dos elementos em si pode não ter ficado muito bem, mas pelo menos permitiu-me trabalhar bem as sombras, as texturas e os volumes, para conseguir aprender um pouco mais com o meu trabalho.
Poderia dizer que em balanço final não me desiludiu muito, antes pelo contrário.

Sexta-Feira, 30 de Novembro de 2012       

Castelo medieval (2005)



Numa outra temática, em grande parte se não mesmo completamente, de inspiração livre, este desenho foge da temática dos desenhos anteriormente apresentados, embora seja uma paisagem totalmente inventada e improvisada.
Aqui procurei estabelecer uma perspectiva, recorrendo a alguns elementos (uma espada, um escudo, uma lança e uma cruz) com um castelo ao fundo, mas infelizmente voltei a cometer alguns erros.
Nem sempre é possível corrigir alguns erros, sobretudo se a composição for demasiado densa e complexa.
Pelo menos aprendi isso com este desenho, que é o que realmente interessa.



Sexta-Feira - 30 de Novembro de 2012

Paisagem japonesa (#2) (2005)

Esta segunda paisagem japonesa também não resultou lá muito bem, porque no fundo os erros da primeira foram novamente repetidos (as nuvens), para "borrar a pintura" novamente.
A intenção deste desenho a caneta preta fina, em papel de desenho formato A5, era de facto corrigir algumas imperfeições da paisagem anterior mas infelizmente incorri no mesmo erro.
A composição em si também acabou por não resultar, pois de certa maneira ficou um pouco "desiquelibrada", acabando por servir assim como mais uma tentativa para ultrapassar os erros anteriores.


Sexta-Feira, 30 de Novembro de 2012 



Motivos japoneses

Esboço a caneta de tinta preta de motivos japoneses


Motivos japoneses (2005)

Eis um dos muitos desenhos, feitos a caneta muito fina  (uma Pilot G-TEC-C4, espessura 0.4),  de cor preta, juntamente com uma mais grossa (uma uni.ball-eye-micro), também de cor preta, num bloco de desenho formato A5. 
Muitos dos desenhos feitos nesta época, foram em grande parte inspirados em fotografias, postais, marcadores de livros, agendas ou até mesmo note-books que achava interessante reproduzir. 
Actualmente, observando este desenho, penso que a nível de composição não está muito mau mas no entanto tem muitos erros que fui eliminando ao longo do tempo.
Não só está demasiado detalhado e trabalhado, como também ainda se repara alguma insegurança no traço.
Sexta-Feira, 30 de Novembro de 2012